A Bahia tem 4º maior índice de deficientes do país

Foto:divulgação

Hoje (3) é o Dia Internacional de Luta das Pessoas com Deficiência, data instituída em 1992 pela Organização das Nações Unidas (ONU) , com o objetivo principal conscientizar a população a respeito da importância de assegurar uma melhor qualidade de vida a todos os deficientes ao redor do mundo, especialmente no combate a qualquer tipo de discriminação.

Na Bahia uma em cada 10 pessoas tem algum tipo de deficiência. A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) – Ciclos de Vida, realizada pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada em agosto de 2021, detectou que, na Bahia, uma em cada 10 pessoas, com dois anos ou mais de idade, tinha alguma deficiência física ou intelectual. Esse percentual de 10,3% da população, coloca a Bahia como o quarto estado com o maior índice de deficientes do país . No Brasil, os dados do IBGE indicam que existem  46 milhões de brasileiros, ou seja, aproximadamente 24% da população com algum tipo de deficiência.

Porcentagem da população, por tipo e grau de dificulade e deficiência (Brasil - 2010) - Visual: 0,27% não consegue de modo algum, 3,18% tem grande dificuldade, 15,31% tem alguma dificuldade; Motora: 0,39% não consegue de modo algum, 1,94% tem grande dificuldade, 4,63% tem alguma dificuldade; Auditiva: 0,18% não consegue de modo algum, 0,94% tem grande dificuldade, 3,97% tem alguma dificuldade; Mental: 1,37% possui (Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010)

Segundo a Convenção Internacional sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência (aprovada pela Assembleia Geral da ONU em dezembro de 2006), reproduzido no artigo 2º da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) deixam claro que ” “Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas.” Ou seja, uma pessoa com deficiência so consegue participar da sociedade se forem eliminadas as barreiras de acessibilidade, de comunicação e de atitudes das outras pessoas com relação a elas.

Poucas cidades baianas se adequaram às normas para facilitar a vida dos deficientes. Portas estreitas, ausência de elevadores, rampas fora do padrão ou inexistentes, ausência de pista tátil nas áreas externas, ruas esburacadas, calçadas sem rampas são algumas das dificuldades que pessoas com deficiência encontram cotidianamente. A falta de acessibilidade é uma realidade e está por todos os lados das cidades, desde os transportes públicos, nos prédios e espaços públicos, prédios privados de uso coletivo, hotéis e restaurantes, em escolhas e universidades.

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